sexta-feira, 12 de junho de 2009

OFICINAS UM E DOIS DA TP 3

1ª OFICINA DA TP3 GÊNEROS E TIPOS TEXTUAIS
No dia 23 de maio de 2009.
Nessa primeira oficina os professores falaram que selecionaram as atividades de acordo a necessidade de ampliar o repertório linguístico e textual de seus alunos. Com essa preocupação pensaram em fazer a escolha de um tema que fosse pertinente e realmente trabalhasse ações do cotidiano da sociedade moderna. Então, no geral a maioria escolheu o tema: trabalho. Por nas figuras, cenas ou retratos terem ações e exigirem de nós um conhecimento de mundo proletariado.
O tema escolhido foi trabalho, segundo os relatórios e discussões feitas nos grupos, os professores disseram que levaram para a sala de aula jornais, revistas e alguns livros. Colocaram-os sobre a mesa e pediram aos alunos para pegar aquilo com que eles tivessem mais afinidades. Após todos terem pegados os recursos, perceberam que os alunos não haviam pegado nenhum livro. Em seguida pediram eles para passar as páginas até o final do suporte textual. E no segundo momento retornassem ao inicio para que eles desfolheassem novamente e recortassem dos jornais, e revistas gravuras ou fotos que retratassem “labor”.
Desse modo, iniciou a aula com as seguintes indagações: O que é trabalho? Podemos afirmar que tudo que fazemos por remuneração ou não é trabalho? Que tipo de trabalho é retrato nas figuras que vocês estão em mãos? O que tem haver uma com a outra?
Os professores perguntaram-me que outra sugestão eu teria para indicar para eles a não ser a sua opinião então, eu disse que após desenvolver a atividade com seus alunos sobre trabalho eles passassem a música Garoto de Aluguel de Zé Ramalho e perguntassem: “A profissão de prostitutas ou garotos de programa pode ou não ser consideradas profissões? Por quê?”
Após esse levantamento de dados orais e apresentações das profissões descritas foi percebido que as maiores dificuldades encontradas pelos alunos foram de redigir textos que circulam na sociedade. E a dificuldades de alguns professores foi em como fazer a intervenção pedagógica acerca da produção dos gêneros textuais escolhida pelos alunos.
E uma das maiores dificuldades é fazer com que o aluno criasse um eixo temático entre os diversos gêneros textuais produzidos e que há entre um e outro apesar das peculiaridades.
Nessa perspectiva o professor pensou em selecionar os suportes e o material didático concreto para os alunos, mas possibilitou-os a reconstruir conceitos pela interação competência sociocomunicativa e ao mesmo tempo apreender a competência lingüística de maneira lúdica, e prática ao elaborar, criar um texto com um eixo comum e que já existe.
Em seguida o professor usou as leituras objetivas e inferenciais. Mas não trabalhou com a leitura alusiva e ao perceber-se essa ausência eu em diálogo falei aos professores que o aluno ao passar de séries tem a necessidade de aprender fazer uma ligação de permanência de conhecimento de mundo com conhecimento de textos a um novo texto que ele esta lendo ou produzindo.
A TP3 em suma tem sua criação numa linguagem simples, objetiva e coerente e isso para os professores está sendo uma das mais graciosidades no processo de ensino-aprendizagem por ter uma linguagem eficaz ao processo de aprendizagem de si e do aluno.
Percebe-se que os professores já planejam suas aulas com critérios definidos num padrão do plano de curso e o Gestar II veio para somar competências e habilidades dos professores e alunos.
No entanto, os professores têm uma acepção de língua enquanto um idioma, de uma sociedade, alguns de um sistema organizado da própria língua. O que precisa ser mudado é saber definir a língua como um código arbitrário e não universal.


2ª OFICINA

No dia 30 de maio de 2009, as dezessete hora demos início a segunda oficina do Gestar II de LP no auditório da Secretaria Municipal de Cultura na Travessa Honorato Campos, Centro de São João da Ponte/MG.
Os professores quiseram iniciar a oficina com uma retrospectiva de conhecimento prévio, onde o leitor utiliza na leitura o que ele já sabe _ o conhecimento adquirido ao longo de sua vida. É mediante a interação de diversos níveis de conhecimento, como o conhecimento linguístico, o textual, o conhecimento de mundo, que o leitor consegue construir o sentido do texto. E por isso a leitura é considerada um processo interativo, justamente por apresentar diversos níveis de conhecimento que interagem entre si.
Essa segunda oficina pautou a reflexão do conjunto de noções e conceitos sobre o texto, que chamaremos de conhecimento textual, faz parte do conhecimento prévio e desempenha um papel importante na compreensão de textos. Foi discutido que a classificação do texto e feita a partir do ponto de vista da estrutura do seu gênero.
Podemos concluiremos que consideremos em primeiro lugar, a classificação do texto do ponto de vista da estrutura e depois para classificar como um gênero especifico.
Portanto, a importância do conhecimento prévio do leitor na compreensão de textos enfatiza nesta oficina onde o aluno e o professor poderá tonar-se ciente da necessidade da fazer da leitura uma atividade caractezada pelo engajamento e uso do conhecimento, em vez de uma mera recepção passiva. Recipientes não compreendem. Mostramos, através dos objetivos que determina, durante a leitura, as inferências que o leitor fará com base em marcas formais do texto. O conhecimento linguístico, o conhecimento textual, o conhecimento de mundo devem ser ativados durante a leitura para poder chegar ao momento da compreensão, momento esse que passa despercebido, em que as partes discretas se juntam para fazer um significado. O mero passar de olhos pela linha não é leitura, pois leitura implica uma atividade de procura por parte do leitor, no seu passado, de lembranças ou nostalgia e conhecimentos, daqueles que são relevantes para a compreensão de um texto que fornece pistas e sugere caminhos, mas que certamente não explicita tudo o que seria possível explicitar, por que precisa de alusões (contexto / pragmática).
Deu ênfase a forma do texto que determina até certo ponto os objetivos de leitura: sabemos que há um grande número de tipo de textos, como: contos, romances, fábulas, biografias, notícias, artigos de jornal, artigo cientifico, artigo de lei, ensaios, editorais, manuais didáticos, receitas (medicas e culinárias), bulas e cartas, poesia e poemas, carta ao leitor e do leitor, carta pessoal entre outros gt. Fica claro e parece claro que o objetivo geral de ler o jornal é diferente daquele quando lemos um artigo cientifico. No primeiro busca ver o novo, através das manchetes, o leitor busca fazer uma localização rápida enquanto que no último, seja lido procurando detalhes sobre o assunto, comparando com o que já se sabe sobre o assunto em quais outros suportes foram lidos.
Enfocamos que a capacidade de estabelecer objetivos na leitura é considera um procedimento metacognitiva, ou uma estratégia de controle e regulamento do próprio conhecimento que implica numa reflexão sobre o próprio conhecimento. Por exemplo: saber quando já estudamos o suficiente para saber uma matéria é um conhecimento alcançado através de uma reflexão sobre o próprio saber, e é considerado, portanto, conhecimento metacognitivo. Ou quando sabemos produzir um gênero textual seja para um texto humorístico, publicitário, literários ou não.
Um leitor ativo, realmente engajado e preocupado no processo, elabora hipóteses e as testa, à medida que vai lendo o gênero. Nesta perspectiva, fazem com que certos aspectos do processamento, essenciais à compreensão, se tornem possíveis, tais como o reconhecimento global e instantâneo de palavras e frases relacionadas ao tópico, se bem como inferências sobre palavras não percebidas durante o movimento do olho, durante a leitura que não é linear, o que permitiria ler tudo. Letra por letra e palavra por palavra, mas e sacádico, o que significa que o olho dá pulos para depois se fixar numa palavra e daí pular novamente uma série de palavras até fazer nova fixação.
A escolha dos gêneros textuais para atividade avançando na prática foi emocionante porque apresentaram os mais diversos gêneros, os que mais destacaram foram: fábulas, crônicas, receita culinária e contos, bilhetes e cartas pessoais. Os professores falaram os objetivos para seus alunos e eles escolheram o tema mais pertinente e aos seus anseios o que permitiu fazer bons trabalhos e contar com a correção do colega, com o professor ao nortear suas idéias ou enxurradas de pensamentos num “scriptum”.
Desse modo, findamos nossa oficina que embora essas atividades de natureza metacognitiva sejam ideossincrático, individuais, é possível o leitor propor atividades pelas quais a clareza de objetivos, a predição, a auto-indignação, frustração sejam cernes de aprendizagem de modo a propiciar assim contextos para o desenvolvimento e aprimoramento de procedimentos metacognitivos na leitura e produção de textos enquanto gêneros textuais.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

O PRIMEIRO ENCONTRO DO GESTAR II DE LÍNGUA PORTUGUESA EM SÃO JOÃO DA PONTE/MG


A “última flor do Lácio, inculta e bela” gestou em nosso seio a partir de sua concepção nesse município com a sua apresentação aos professores de LP e participação dos mesmos em questionar o que é o Gertar II? O que fazer? Como fazer os estudos? E qual carga horária é preciso ter para fecundar este sêmen que permeia entre docentes enquanto pesquisadores estudiosos da metalinguagem e participação continuada de professores? E em seguida fui respondendo as perguntas e tirei as suas dúvidas ou observações feitas que apontassem outras direções que não promoviam a integridade do espaço escolar com os diversos gêneros que permeiam na sociedade através das mídias que fixam saberes e conhecimentos num dado suporte de divulgação.
As oficinas de apresentação do curso foram realizadas nos dias 09/05/2009 e 16/05/2009.
No primeiro encontro iniciamos o gestar II informalmente com um diálogo entre os professores cursistas. Em seguida falei o “título” do programa; o objetivo geral que é a construção de uma proposta de trabalho participativa e interativa dos educadores das séries finais do Ensino fundamental, construção de uma Proposta Pedagógica do Gestar, implementação e definições dos papéis dos atores do Gestar enquanto professores educadores da língua materna em diversos Gêneros Textuais que circulam e estão vinculados numa sociedade como suporte de informações num eixo comum dos gêneros.
Recordamos que Gênero é o agrupamento de indivíduos, objetos que tenham características comuns ou a forma como se manifesta, social e culturalmente.
Logo depois, fiz a chamada e fui entregando os kits ou os livros aos professores que ali estavam, riam e davam gargalhadas com o volume, mas em seguida diziam “esse material é fecundo como o do Procap”. Eles desfolhavam os livros, enquanto isso, eu dizia a eles a quantidade e como são distribuídos os cadernos: em um guia geral, seis TP’s, seis AAA’s versão do professor e seis versões do aluno. Cada unidade é composta por três seções e a cada duas seções devem aplicar uma atividade e entregar um relatório como foi a participação dos alunos nessa atividade desenvolvida dentro da sala de aula.
Os professores participaram com argumentos, debates, dúvidas, opiniões, e reflexões acerca do tema proposto, e, como estudar o material para a construção do saber num tecer de idéias e leituras objetivas, inferenciais e alusivas num texto de uso em um contexto social de uma dada sociedade.
Desse modo, concluímos o encontro despedimo-nos uns dos outros e solicitei-os para lerem o guia para debate, discussão no segundo encontro.
Já no segundo encontro os professores apresentaram um domínio linguístico teórico/prático a cerca do guia geral como na perspectiva duma formação continuada de professores de Língua Portuguesa, a objetivar a melhoria do processo de ensino aprendizagem do aluno e de si mesmo a partir da análise e pesquisa de dados e fontes bibliográficas ancoradas a estudos propostos ou dirigidos.
Os professores perceberam e disseram que a escola deve estar em constante avaliação e a cada problema descoberto devem mediar conhecimentos de modo a fazer uma intervenção pedagógica sob um olhar criativo, inovador onde todos podem compartilhar experiências e resolução de problemas, equalizarem uma forma de construção de saberes e competências dos professores.
No entanto, os professores enfatizaram que o professor não só deve ter acumulo de títulos, mas ancorar sua teoria e prática em saberes metalingüísticos, pragmáticos, lingüísticos nos conhecimentos populares, científicos, filosófico e religioso que transmitem na prática cotidiana da escola e com a dimensão formal da proposta descrita nos Paramentos curriculares nacionais.
Percebemos que nosso trabalho está centrado na troca de experiências e reflexões individuais e grupais; esclarecimentos de dúvidas, questionamentos constantes é preciso para compreender ou opinar idéias; planejamento e elaboração de situações técnicas de dirigir e orientar a aprendizagem (didáticas); fazer uma epistemologia crítica da prática em sala de aula e das atividades dos alunos por meio de uma auto-avaliação.
O ponto mais discutido, debatido e avaliado foi a própria avaliação do professor cursista em seu desenvolvimento profissional continuo durante o Programa Gestar II. E concluíram que então o professor será avaliado em sessões presenciais coletivas, pela produção do material ou relatório, pelo desempenho em sala de aula e por avaliações de conteúdo. E por último, pelas avaliações processuais realizadas por meio das Lições de casa ou das transposições didáticas durante o período do curso e que serão analisas e comentadas pelo formador.
No geral, os professores de LP portuguesa concluíram que o Gestar é uma gestação que será concebido durante dez meses para ter vida ativa e continua durante toda a sua trajetória na educação enquanto mediadores do conhecimento, articuladores de conceitos e linguagem.
Percebemos que a necessidade de pesquisar, refletir e analisar as situações da sua pratica, das atividades desenvolvidas pelos alunos devem ser diárias e norteadas por estudos bibliográficos numa concepção de gêneros textuais sobre umas perspectivas de fazer leituras: objetivas, inferenciais e alusivas.
Após estudo da implementação do Gestar II, os professores retomaram alguns pontos da unidade falando a página e o parágrafo para ser debatido, questionado, instigando proposta didática do saber fazer, ser e conviver com diferentes gêneros que permeiam a sociedade pós-moderna.
Contudo, os professores cursistas refletiram, observaram e meditaram sobre a apresentação do Gestar II em sua organização dos cadernos, unidades, seções, atividades e a pertinência de que cada seção traz seu objetivo, e logo no intróito uma reflexão sobre o tema ou titulo proposto em cada subcapítulo (seção).
Por último, houve agradecimentos recíprocos e o próximo encontro definidos em conjuntos para o dia 23 de maio de 2009.